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Fundador da Cachaça Seleta, Antonio Rodrigues, é exemplo de empreendedorismo no país e tem como objetivo distribuir seu dinheiro pelo mundo
07/04/2014

Antonio Rodrigues, fundador e presidente da Seleta, a cachaça artesanal mais vendida e consumida do país, é uma figura folclórica para muitos, mas para outros é inspiração de empreendedorismo inteligente. De grande barba grisalha, chapéu, um galho de arruda atrás da orelha e prosa impagável, Rodrigues costuma circular pela cidade montado em uma de suas mulas. A Seleta nasceu na cidade de Salinas em MG. Muitos garantem que só a bebida desse remoto lugar no sertão do norte mineiro pode ser chamada de cachaça, o ‘resto é pinga’. A cidade é tão conhecida por sua produção de cachaça que possui um Curso Superior de Tecnologia em Produção de Cachaça.

Com quase 40 mil habitantes, Salinas é uma cidade pequena, mas que abriga vários produtores de cachaça de qualidade, por isso é conhecida como a Capital Mundial da Cachaça. A história de Toni Rodrigues e sua paixão pela cachaça começaram há mais de 40 anos. Através de muita luta e desafios, o empresário visionário mudou o cenário da então ‘pinga’ que dominava o mercado, para apresentar ao país cachaças de grife e qualidade ímpar. Para ele, o segredo do sucesso consiste em três palavrinhas: Conhecimento, Habilidade e Atitude. “Quando se tem conhecimento e habilidade na causa somada a atitude, qualquer problema se resolve”, declara o fundador da Seleta.

No início, Rodrigues apenas envelhecia a cachaça e vendia a granel ali mesmo pela região. Depois começou a engarrafar e os clientes não paravam de chegar. Logo depois adquiriu uma fábrica com um grande canavial. Com visão estratégica e enfrentando vários desafios e aprendizados, o ‘rei da cachaça’ investiu trabalho e dinheiro no desenvolvimento da empresa e foi crescendo de maneira saudável e consciente, até alcançar a posição de maior produtor brasileiro de cachaça artesanal. Os processos que são a alma do negócio, como a fermentação, destilação, envelhecimento e engarrafamento ainda são feitos no mesmo estilo de antes, ou seja, de forma artesanal para não perder a essência da bebida.

Rodrigues afirma que não gosta de se sentir na zona de conforto. “Eu gosto mesmo é de ficar na zona de desconforto, pois essa não me permite parar e deixar de visualizar resultados maiores. Tenho tanto a crescer ainda”, declara o produtor.

Feitas com cana crua, de fermentação natural, em alambiques de cobre, as cachaças produzidas pela empresa de Rodrigues são envelhecidas em tonéis de bálsamo, ipê amarelo e umburana.
A Boazinha foi a primeira cachaça a ser produzida por Toni Rodrigues em 1970. Envelhecida por dois anos em barril de bálsamo, o nome teve origem através do próprio consumidor que sempre pedia como ‘me dá mais uma dose daquela boazinha’.

A Seleta é a estrela do show, é a mais vendida e mais consumida. Envelhecida durante dois anos em tonéis de umburana, é recomendada para quem gosta de sabores intensos. A Saliboa, envelhecida em tonéis de ipê amarelo, é uma cachaça que tem toque de elegância e sabor característico.

Com mais de 120 funcionários, Rodrigues diz que os colaboradores são como uma grande família. “Temos os mesmos ideais, as mesmas intenções e o mesmo direcionamento, por isso existe sintonia entre todos”, afirma. Esses mesmos colaboradores unidos aos milhares de fãs e consumidores das bebidas Seleta em todo o mundo formam uma legião chamada de ‘seleteiros’. São pessoas que consomem e acreditam na marca como algo único e muito especial. Toni mal acredita no patrimônio que possui e tem como premissa ajudar quem precisa e quem Deus toca no seu coração, como ele mesmo diz.
Atualmente, a Seleta produz 1.500.000 litros/ano de cachaça. É o maior produtor nacional de cachaça artesanal. Exporta para China, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Uruguai, Portugal, Nova Zelândia e França. Mas o grande autor dessa história não quer parar por aqui. Almeja vôos maiores e se sente feliz por ter contribuído para a elitização da mais brasileira das bebidas, a cachaça artesanal.
Há apenas 20 dias, a região de Salinas teve uma grande vitória. Conquistou o selo de indicação geográfica. O selo é certificado pelo INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, e tem o objetivo de evitar que produtos de origem de outras regiões sejam vendidos como as originais cachaças salinenses, além de garantir a excelente procedência do produto. Com a conquista do selo, a cachaça ganha valor e parte para uma concorrência mercadológica justa, otimizando a exportação do produto que adquire status e reconhecimento como produto diferenciado. Muda-se a visão da cachaça como mais uma bebida destilada genérica para um artigo a ser apreciado por sentidos como olfato, paladar e visão, abrindo portas para a inserção nos Estados Unidos e Europa.

"Essa medida vai fortalecer o mercado de cachaça, promover o desenvolvimento sustentável aos produtores de Salinas - MG. O selo vem comprovar que o produto é genuíno e traz características diferenciadas, encontradas somente nessa região”, finaliza o empresário
 

Comentários
Jairo Farah em 29/08/2016 às 15:35
Se boa parte do empresariado brasileiro tivesse a competência, generosidade, simplicidade e dignidade de Antônio Rodrigues, certamente não estaríamos vivendo um golpe de estado movido pela ganância de uma elite escravagista, oligárquica e infeliz.
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