Trata-se de uma baga castanho-avermelhada seca de uma árvore chinesa cinza e espinhosa. Tem sabor picante e ácido. Muito utilizada na culinária chinesa com frango e pato. As folhas secas e moídas transformam-se na especiaria japonesa chamada de sansho. A fagara nasce de um arbusto de folhas efêmeras; as sementes, são colocadas a secar até que se abram. Seu aroma é condimentado com uma nota arborizada e o sabor poderoso entorpece o céu da boca. Como a canela cássia e o gengibre, conta-se a fagara entre as mais antigas especiarias da China, onde dizem que ela deve perfumar os alimentos e vinhos. As pequenas bagas castanho-avermelhadas são duras e cobertas de espinhos. Os grãos negros do coração das bagas são muito amargos e devem ser eliminados. Depois de retirar cuidadosamente as sementes, pique as bagas num almofariz, ou use um moinho de café para moer até obter um pó fino. O Sansho xanthoxylum piperitum, ou pó japonês, é estreitamente aparentado à fagara. Os japoneses usam as bagas da variedade local de freixo-espinhoso, secadas e grosseiramente picadas; depois salpicam os alimentos, como fazemos com a pimenta, para absorver as gorduras. Na China, é usada no pato crocante de Sichuan e na galinha de Pang-pang (preparação apimentada servida fria, com pepinos e cebolas). Na Índia, o uso é comum em toda a área de influência chinesa e nos restaurantes chineses, sendo quase sempre obrigatórios nos hotéis indianos.